Em luta por melhores salários e condições

Trabalhadores não abdicam <br> de direitos

Cresce a luta dos trabalhadores contra a política de congelamento dos salários em diversos sectores de actividade e as baixas propostas de actualização salarial apresentadas por várias empresas.

Os trabalhadores mantêm-se firmes na luta pelos seus direitos

Os trabalhadores das minas da Panasqueira, reunidos em plenário no dia 11, decidiram manter a luta pelo aumento dos salários, por considerarem «manifestamente insuficiente» a proposta patronal (aumento de dez cêntimos por dia) apresentada na reunião efectuada no dia anterior na delegação da DGERT do Porto. De acordo com uma notícia divulgada pela Fiequimetal, os trabalhadores mantêm a greve a todo o trabalho suplementar e «mandataram o STIM para convocar greves de 24 horas, a realizar nos dias 30 de Abril e 2 de Maio».
Os trabalhadores da Parmalat, que estão em luta pelo Acordo de Empresa e pelo aumento dos salários, decidiram, também em plenário no dia 11, manter a greve aos feriados e ao trabalho suplementar, depois de na reunião de dia 8 a administração ter apresentado uma proposta de actualização salarial de 0,75% – muito inferior ao aumento de 4% exigido pelos trabalhadores –, informou o SITE Sul.
Os trabalhadores dos hotéis vão lutar por melhores salários e pelo contrato colectivo de trabalho «que os patrões querem liquidar», realizando várias acções, na Páscoa, em unidades cujos donos são membros da Direcção da Associação Patronal, segundo informou o Sindicato da Hotelaria do Sul numa nota.
Contra o congelamento dos salários, pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e pela revisão do contrato colectivo de trabalho, mais de 130 trabalhadores do sector da hotelaria e do turismo manifestaram-se dia 8 em Lisboa, concentrando-se frente à sede da Confederação do Turismo Português. A CGTP-IN, que considera incompreensível que os resultados excelentes dos últimos dois anos no sector não se reflictam no aumento dos salários, exige, como ponto de partida, um «crescimento mínimo de 30 euros e um euro por dia para cada trabalhador», revelou a Lusa.
Em defesa dos direitos dos trabalhadores e pelo aumento dos seus salários, a FESAHT decidiu realizar uma semana de luta no sector da hospitalização privada, informou o Sindicato da Hotelaria do Centro numa nota, na qual se sublinha que, num sector de actividade com muita saúde – como ficou patente nos dados recentemente divulgados pelo INE – os trabalhadores auferem salários muito baixos, enfrentam a recusa da negociação salarial por parte da associação patronal e, nalguns casos, não vêem respeitado o contrato colectivo de trabalho de 2010.
Num comunicado aos trabalhadores da Felino, o SITE Norte dá a conhecer a proposta de actualização salarial e de melhoria de condições de vida apresentada à administração da empresa, em que se reivindica um aumento de 30 euros para todos os trabalhadores, 50 cêntimos no subsídio de alimentação, a incorporação dos prémios nos salários e melhores condições de segurança e de saúde no trabalho. No texto, o sindicato apresenta também os resultados positivos que a empresa tem obtido nos últimos anos, que contrariam a justificação para não proceder às actualizações dos salários dos trabalhadores.




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